MENOS MIL É UM BOM COMEÇO

Virgílio de Mattos

Com alegria vejo notícias pelo mundo todo, com exceção de nossa mídia gorda daqui sempre a serviço do grande capital especulativo e monossilábica nesses casos, da grande vitória do HAMAS, do povo palestino e da paz: mil combatentes palestinos condenados pelo estado sionista de Israel e cumprindo suas penas em condições lastimáveis – como se houvesse como cumprir pena privativa de liberdade com um mínimo de dignidade – serão libertos a partir de hoje em troca de um prisioneiro de guerra em poder do Hamas.

Capturado na faixa de Gaza enquanto era cabo do exército sionista, Gilad Shalit, um piloto de tanque do exército invasor, foi libertado após cinco anos como prisioneiro de guerra do Hamas. Em troca, o estado terrorista de Israel libertou 477 presos políticos – como se algum preso não o fosse – como parte dos mil e vinte e sete presos que serão libertados em troca do prisioneiro de guerra.

Shalit possui também nacionalidade francesa e a pressão ali foi uma das determinantes para que o estado terrorista de Israel resolvesse negociar, conforme estou convencido.

Menos 1027 presos políticos palestinos nas mãos do estado que sempre nomino como terrorista na medida em que aceita e estimula a tortura de forma LEGAL e faz com o povo palestino o mesmo, ou pior, do que foi feito com eles pelos nazistas. Pelo menos nisso são bem menos hipócritas do que os seus mantenedores, os Estados Unidos da América que ali investem um mínimo de cinco bilhões de dólares estadunidenses só em armamento e têm dificuldade em dizer que ali, nos EUA, a tortura não só é legalizada como dá lucro, vide as massas de jovens negros, hispânicos e árabes pelo mundo afora que são moídos diuturnamente nos cárceres made in USA.

Para conter o desejo de liberdade da Palestina a tortura, o sufoco econômico e a negativa de cidadania não bastam, a resistência é cada dia mais forte, intensa, vitoriosa.

Convenhamos: menos mil presos não é um bom começo?

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